O Brasil possui uma rede insuficiente de monitoramento da qualidade do ar, com cerca de 245 estações automáticas cobrindo apenas 13 dos 26 estados, com mais de 80% concentradas no Sudeste.
O metano, por exemplo, retém 80 vezes mais calor que o CO2 nos primeiros 20 anos e é responsável por aproximadamente 45% do aquecimento global atual, além de ser precursor do ozônio troposférico, que agrava doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a poluição do ar e as mudanças climáticas como a principal prioridade entre as dez emergências para a assistência em saúde que afetariam um bilhão de pessoas globalmente.
Entre 2030 e 2050, espera-se que as mudanças climáticas causem aproximadamente 250.000 mortes adicionais por ano, apenas por desnutrição, malária, diarreia e estresse por calor.
A desinformação é o maior risco de curto prazo para a humanidade, segundo o Fórum Econômico Mundial.
O Brasil ocupa a última posição em um ranking que mede a habilidade das pessoas de identificar se um conteúdo online é falso.
No Rio de Janeiro, em 2011, enquanto mais de 3 mil pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, a poluição foi responsável por mais de 4.500 mortes – um número 50% maior. Em São Paulo, o cenário é ainda mais preocupante: a poluição do ar causou cerca de 15.700 mortes no mesmo período, mais que o dobro dos óbitos decorrentes de acidentes rodoviários.
A principal fonte desse impacto são os escapamentos de carros, caminhões e motos, que liberam partículas finas e gases tóxicos, que penetram nos pulmões e no sistema cardiovascular. Nesse sentido, caso o programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores seja corretamente implementado até 2050, estima-se que 155 mil Internações poderão ser evitadas.
60% das crianças e adolescentes no Brasil (cerca de 40 milhões) estão expostos a mais de um risco climático ou ambiental.
Crianças e adolescentes, cujos organismos estão em fase de desenvolvimento, são mais suscetíveis aos impactos da poluição do ar. Poluentes atmosféricos têm sido relacionados a alterações no neurodesenvolvimento, déficits cognitivos e maior prevalência de transtornos como ansiedade. O impacto é agravado em áreas de baixa renda, marcando um ciclo de desigualdade em que a maior exposição à poluição se combina com o acesso limitado a cuidados de saúde, ampliando os riscos de adoecimento.
Numerosos estudos já destacaram a associação entre a exposição prolongada à poluição do ar e vários transtornos psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade e transtorno bipolar (Pun et al., 2017; Braithwaite et al., 2019; Khan et al., 2019; Newbury et al., 2021; Borronia et al., 2022; Forastiere et al., 2024), bem como o risco de suicídio (Davoudi et al., 2021, Liu et al., 2021). A exposição prolongada à poluição do ar também foi correlacionada a um declínio progressivo da função mental (Kulick et al., 2020), aumentando o risco de demência em idosos (Power et al., 2016; Chen et al., 2017; Wang et al., 2022) e exacerbando o desenvolvimento de outras doenças, incluindo a doença de Alzheimer (Fu e Yung, 2020). Crianças e jovens estão particularmente expostos à poluição do ar devido à sua maior ingestão de ar e níveis de exposição (EEA, 2022) e também porque seus órgãos, incluindo o sistema nervoso, são mais sensíveis à poluição do que os adultos. incluindo o sistema nervoso, são mais sensíveis à poluição do que os adultos.
Entre 2013 e 2023, o Brasil gastou R$ 24,5 bilhões em hospitalizações causadas por doenças relacionadas à poluição do ar.
As áreas de baixa renda de São Paulo apresentam concentrações desproporcionalmente altas de óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado fino (PM₂.₅), dada a sua proximidade com corredores de frete importantes onde a atividade de caminhões a diesel é concentrada.
Crianças que crescem nessas áreas têm pulmões mais frágeis e sofrem de doenças como asma e bronquite crônica, um reflexo direto da exposição contínua às partículas finas geradas a partir da queima do diesel, que penetram profundamente no organismo e provocam danos irreversíveis.
A poluição do ar é responsável por 8,1 milhões de mortes globalmente em 2021 (1 a cada 8 mortes), tornando-se o segundo principal fator de risco para morte, incluindo crianças menores de cinco anos.
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